sábado, 26 de maio de 2007

1963

O mundo todo estava em alerta. Temia-se outra guerra. De um lado, os EUA. De outro, a União Soviética. E o Brasil respirava, aliviado. Mas, você sabe, não por muito tempo. É que João Goulart voltava à presidência, apesar de pressões internas e externas - acusavam-no de comunista. O golpe militar não demoraria. Mas, entre umas ameaças aqui e outras preocupações acolá, houve tempo para alegria. Pelo menos, na letra de Marcelo Nova. Pelo menos, no esporte.

Em 1963, o Brasil sediou um Pan pela primeira vez. Foi em São Paulo, entre 20 de abril e 5 de maio. Jairzinho e Carlos Alberto Torres competiram. Só que, naquele tempo, ainda eram desconhecidos - juntos, eles ganhariam uma Copa do Mundo sete anos depois. No mais, o Brasil obteve a melhor colocação da história no quadro geral de medalhas (2º lugar) e Sampa foi, por mais de 2 semanas, o palco das disputas ideológicas na América.

Seis meses mais tarde, o país voltaria a ser destaque nas páginas esportivas pelo mundo afora. É que o Santos decidiria, com o Milan, qual seria o melhor clube do planeta naquele ano. Foram 3 jogos: o primeiro, na Itália, a 16 de outubro (4x2 para o Milan); o segundo, no Brasil, a 14 de novembro (4x2 para o Santos); no tira-teima, deu Peixe (1x0, jogando em casa de novo). O time, assim, se tornava o primeiro brasileiro bicampeão mundial.

O tempo passou, épocas difíceis ficaram para trás e, em 2007, o Brasil irá promover o Pan pela segunda vez na história, um gostinho que, até hoje, só México, EUA, Argentina, e Canadá já provaram. Enquanto isso, o Santos está a 6 jogos de disputar, também neste ano, o seu terceiro caneco intercontinental, um feito que, até hoje, no Brasil, apenas o arqui-rival São Paulo conseguiu.

Um comentário:

Michele Roza disse...

OI chefinho!

Pois é, quem bom que estamos atingindo as pespectivas....
Adorei seu texto tbm, lembrando de datas que não são tão comemorativas e alertando de fatos que não devemos esquecer.

Bjão