sábado, 16 de junho de 2007

Hora de Descansar

Enfim, é chegada a hora de se despedir. O semestre chegou ao fim e, como ninguém é de ferro – muito menos eu -, merecemos um certo descanso. Afinal, foram 12 finais de semana incessantes dedicados, com prazer, a este blog - desde o primeiro post, em 24 de março, até hoje, dia 16 de junho. Entretanto, não deixarei o Simpósio antes de dois recados.

O primeiro, dedico aos meus cinco caríssimos parceiros Renan De Simone, Silvia Song, Michele Roza, Vanessa Oliveira e Rafael Zito, com os quais tive a honra de dividir o espaço deste blog durante quatro meses. O segundo, destino a todos leitores, para os quais sempre procuramos escrever, cuidadosamente, cada linha do nosso texto – obrigado!

Espero, também, que este post não seja um adeus e, sim, um até logo, já que nós, os membros, acenamos com a possibilidade de reativar o Simpósio no segundo semestre deste ano – tal confirmação, contudo, provavelmente lhes será dada em breve pelo nosso administrador-postador, Renan. Então, boas férias a todos e até mais. Valeu!

sábado, 9 de junho de 2007

Os Libertadores da América

Aproveitando o ensejo imperial do som dessa semana, desloco as palavras do meu texto para um tempo remoto; época de tiranos e subalternos; metrópoles e colônias. Falo da América de meados do século XIX. É esse o ponto de partida de uma história sobre heróis, impérios e – claro – futebol. Nessa mesma época, nesse mesmo continente, 5 desbravadores fincaram seus nomes nos livros de história. Entretanto, seus feitos ecoaram melhor nas páginas esportivas.

Calma, já explico essa relação: mais do que meros ícones da história latina, esses personagens fazem, hoje, ainda que indiretamente, parte do torneio interclubes mais prestigiado da América, a Copa Libertadores. Devo, pois, encerras as delongas e apresentar, ao caro leitor, os cinco libertadores da América: Simón Bolívar (1795-1830), venezuelano; D. Pedro I (1798-1834), português; José de San Martín (1778-1850), argentino; Antonio José de Sucre (1795-1830), venezuelano; e Bernardo O´Higgins (1778-1842), chileno.

Todos são, de uma forma ou de outra, lembrados a cada edição da competição, seja no sorteio dos grupos ou dos mata-matas, seja nos gritos de guerra de cada torcida. Afinal, dão nome à disputa que, diga-se de passagem, acontece desde 1960 e leva o fortuito campeão ao Japão, terra do cobiçadíssimo campeonato mundial. Até hoje, a equipe que mais vezes atravessou o mundo representando a América foi o Independiente, da Argentina, heptacampeão da Libertadores. Entre os países, a Argentina também lidera (20 títulos).

Apesar da supremacia azul e branca, outros países têm atenção especial da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), a entidade que organiza o torneio. Exemplo disso é o México, que, mesmo pertencendo à América Central, teve alguns times incluídos no rol de participantes em 1998, a fim de que se acirrassem as rivalidades internacionais pelo troféu – o Brasil, inclusive, faturou as duas últimas edições e, nesse ano, chega à final com o Grêmio, bicampeão. O rival, no entanto, é temível, e vem da Argentina: Boca Juniors, pentacampeão. Este será, no mínimo, mais um capítulo épico da história latino-americana.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Império esportivo

Historicamente os grandes Impérios tiveram seus prazos de duração. A música cita os Impérios mais famosos e que deixaram marca na história mundial. Começa no oriente com o Império Chinês, chegando ao ocidente com os Impérios: Romano, Bizantino, Macedônico, Otomano, e por fim aos Impérios das Américas: Incas, Maias e Astecas.

O Brasil também viveu sua época imperial, tendo como comandantes D. Pedro I e posteriormente D. Pedro II. Deixando um pouco de lado a história, falarei do vôlei brasileiro. O que dizer do comandante da nossa seleção masculina e do grupo que formou? Simplesmente um Império forte e poderoso que vem ganhando todas as batalhas que disputa. Até quando isso vai durar eu não sei, como tudo na vida é cíclico é fato que essa hegemonia um dia vai chegar ao fim, mas como todos os grandes Impérios, nossa seleção e seu comandante são obstinados por vitória, conquistas; são incansáveis guerreiros.

Desde que assumiu o comando técnico após as Olimpíadas de Sidney 2000, Bernardo Resende, popularmente conhecido como Bernardinho, construiu uma equipe quase imbatível. Incrível como esse time consegue sair das situações mais adversas para conquistar a vitória. Um líder firme, determinado e com uma grande capacidade de motivar seus comandados. Impressiona como consegue lidar com estrelas do vôlei mundial evitando que o ego atrapalhe o trabalho em equipe. Todos os jogadores sabem a função que devem exercer e a fazem com a maior competência.

"É tão bom falar de sonhos e conquistas", por isso que não poderia deixar de falar sobre o vôlei masculino, que "saltando" tanto no oriente quanto no ocidente tem trazido alegria para o povo brasileiro. Os números são impressionantes: 21 competições disputadas, 17 títulos, três vices e um terceiro lugar, ou seja, com Bernardinho no comando o Brasil foi ao podium em todos os torneios que participou. Os títulos mais importantes foram o campeonato mundial de 2002 na Argentina, vencendo a Rússia na final por 3 a 2 e a medalha de ouro Olímpica em Atenas 2004, vencendo a Itália por 3 a 1, conquistando o bicampeonato olímpico.

Em seu livro: transformando suor em ouro; Bernardinho apresenta o que ele diz ser a roda da excelência, e coloca o que para ele é a função de um lider: "A missão do líder e sua contribuição de buscar o máximo de cada um muitas vezes contrariam interesses, mas ele deve seguir suas convicções sem buscar popularidade, e sim o melhor para a equipe".

sábado, 2 de junho de 2007

Raí, o Capitão

Acho que não existe música mais subjetiva no mundo do que “Outra vez”, de Roberto Carlos, tão adoravelmente escolhida nessa semana pelo nosso caro Renan. Logo que acabei de ouvi-la, pensei em escrever sobre a pessoa mais importante da minha vida. Mas lembrei que não teria nada a ver com esporte, o tema que me cabe neste blog. Então, mudei de idéia.

Resolvi tratar de um tema pelo qual o leitor tem, digamos, um certo vínculo emocional – particularmente se for esportista (seja ativo ou passivo) -: ídolos. Afinal, em uma determinada fase da vida, todos elegemos o(s) nosso(s) ídolo(s). Falarei, portanto, um pouco sobre o meu – e, desde já, peço desculpas pelos prováveis adjetivos exagerados!

Era madrugada. O dia, 12. O mês, dezembro. O ano, 1992. Era a primeira vez que eu via o São Paulo em campo. E logo na final do Mundial. No entanto, mais do que o próprio time, um jogador me chamou a atenção: Raí, o capitão. Após o título, ele foi jogar na Europa. Ficou mais de cinco anos lá. Em 1998, voltou. Logo na reestréia, foi campeão.

Seu gesto de comemoração, no ar, em que erguia o punho direito à proporção que abaixava o esquerdo, ficou eternizado em minha memória de torcedor. Raí parou de jogar em 2000, aos 35 anos. Em 11 anos de carreira, conquistou 21 troféus – 13 pelo São Paulo. Hoje, mantém uma instituição beneficente e é correspondente internacional de uma rádio.

Agora, é a sua vez! E aí, quem é o seu ídolo?