Pan: do grego “pantós”, tudo. Logo, Pan-Americano significa “toda a América”. Em tese, o que vai acontecer no Rio de Janeiro, de 13 a 29 de julho, é a reunião de atletas norte, centro e sul-americanos para outra disputa continental inspirada nos clássicos Jogos Olímpicos. Tudo isso é bonito, sim. Mas só “por fora”. Já que, “por dentro”, os gastos quintuplicaram e os funcionários fazem cada vez mais horas extras para finalizar obras bastante atrasadas.
Para se ter uma idéia, só em março eclodiram três greves: uma no estádio olímpico João Havelange, uma no Parque Aquático Maria Lenk e outra no Velódromo. Em todas elas, os empregados pediam a mesma coisa: condições melhores de trabalho e salários mais justos. Enquanto isso, o governo federal investe, em vez dos R$ 520 milhões, quase R$ 3 bilhões nas 16 sedes da competição, sendo que sete estão atrasadas e três podem nem ficar prontas.
Para os atletas brasileiros, a empolgação vai além. É óbvio. Afinal, é a segunda vez na história que o evento esportivo mais importante das Américas acontece no Brasil. E é claro, também, que haveria uma festa sem limites carimbada pela imprensa. Tudo bem, isso até vale para nós. Mas, quanto aos outros países, os verdadeiros “papa-medalhas”, o que acham desse Pan? A Federação de Basquete de Porto Rico, por exemplo, estuda mandar amadores para o Rio. Já a seleção de tênis do Canadá não virá. E o futebol terá um torneio só sub-20.
Na melhor das hipóteses, as outras nações americanas pensam em proteger seus atletas para as Olimpíadas de Pequim, na China, em 2008. Vá lá. Na pior, não estão nem aí e, aconteça o que acontecer no Rio, nada mudarão seus pontos-de-vista. Talvez seja hora de se rever o conceito de “Pan”. Talvez o Pan não seja mais necessário. Talvez a América – e, quiçá, o mundo -, prefira mesmo se desintegrar.
Para se ter uma idéia, só em março eclodiram três greves: uma no estádio olímpico João Havelange, uma no Parque Aquático Maria Lenk e outra no Velódromo. Em todas elas, os empregados pediam a mesma coisa: condições melhores de trabalho e salários mais justos. Enquanto isso, o governo federal investe, em vez dos R$ 520 milhões, quase R$ 3 bilhões nas 16 sedes da competição, sendo que sete estão atrasadas e três podem nem ficar prontas.
Para os atletas brasileiros, a empolgação vai além. É óbvio. Afinal, é a segunda vez na história que o evento esportivo mais importante das Américas acontece no Brasil. E é claro, também, que haveria uma festa sem limites carimbada pela imprensa. Tudo bem, isso até vale para nós. Mas, quanto aos outros países, os verdadeiros “papa-medalhas”, o que acham desse Pan? A Federação de Basquete de Porto Rico, por exemplo, estuda mandar amadores para o Rio. Já a seleção de tênis do Canadá não virá. E o futebol terá um torneio só sub-20.
Na melhor das hipóteses, as outras nações americanas pensam em proteger seus atletas para as Olimpíadas de Pequim, na China, em 2008. Vá lá. Na pior, não estão nem aí e, aconteça o que acontecer no Rio, nada mudarão seus pontos-de-vista. Talvez seja hora de se rever o conceito de “Pan”. Talvez o Pan não seja mais necessário. Talvez a América – e, quiçá, o mundo -, prefira mesmo se desintegrar.
4 comentários:
Bem Chefinho, conversamos mto sobre esse assunto. Uma vergonha essa gastância exacerbada! Estouraram o orçamento e nd é feito, isso é uma prova q vivemos em um país que não é sério... Várias falcatruas ocorrem e nenhuma providência é tomada ... VERGONHOSOOO!!!!
Vc disse que esse Pan será o segundo realizado no Brasil e essa informção está certissima! Mas faltou dizer em q ano foi realizado o outro Pan no brasil.
Um quiz pra galera q entrar aki: Em que ano e cidade foi realizado o outro Pan do Brasil?
Você disse algo que me afetou... que talvez o mundo mesmo queira se desintegrar, é estranho mas desde antigas civilizações isto parece ser verdade, mas fico na dúvida... pois me parece que há tempos em que a tendência é agregar. Acho que grupos reduzidos tendem a dar mais certo, não sei.
Acho que é tudo pelo movimento, Alguns em aproximação, outros de distanciamento.
Abraço chefinho, parabéns
Chefe adorei as informacoes. Nao sabia que algumas equipes nao viriam. Eh realmente uma palhacada tudo isso.Fora que as Americas nunca foram unidas...e talvez nunca serao.
Respondendo ao Zito foi em 63 (acho) em Sao Paulo.
E, RDS vc ja leu aquelas paginas de psicologia? Tem um estudo que fala justamente isso grupos menores funcionam mais.
Fala, Chefinho!! Eu acho que os "Papa-Medalhas", como vc definiu, priorizam mais os Jogos Olímpicos, pq é natural que isso aconteça. Se colocarmos na balança os pesos das duas competições (O Pan-Americano e a Olimpíada), percebemos que a diferença histórica entre ambas é gritante. O fato das grandes potências do esporte, aqui da América, favorecerem uma competição em detrimento da outra é absolutamente normal; eles não pensam em participar ativamente de um evento da "nossa América" e sim, em dar passos mais largos em uma competição com maior visibilidade mundial.
Quanto à corrupção no Brasil, quem fala sobre o assunto é até visto como chato. Infelizmente, é uma realidade, e o principal problema de um país com tantas riquezas como o nosso. Se a Copa do Mundo de 2014 vier mesmo para o Brasil, certamente, o buraco nos cofres públicos será ainda maior.
Um abraço e parabéns!!
ps: Respondendo ao Vô, o primeiro Pan no Brasil ocorreu no ano de 1963, em São Paulo.
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