domingo, 8 de abril de 2007

11+12



Para quem não assistiu o filme número 23 este post é desaconselhável.

O que acontece quando a gente sente que tem de escolher um lado, nem que seja na nossa mente? Como fazer a coisa certa, como não ser arbitrário? Foi isso que sai pensando do filme 23. Um homem com uma vida aparentemente normal, mulher, filho, de repente recebe um livro que muda completamente sua rotina e passa a atormentá-lo assim como faz ao autor/narrador do livro, a obssessão é pelo número 23, que rege a vida do autor e do personagem principal. Passa a história, descobre-se que o autor e o cara que lê é a mesma pessoa, mas em épocas e com personalidades diferentes.


A crise é a seguinte: o homem matou uma garota na faculdade (aclme-se, meu amor, não sou obcecado por números - o problema é o tempo, relógios por todos os lados, meu deus vc é um relógio...), eles eram namorados, ela transa com um professor e ainda ofende o cara de diversas formas.


Ele mata a menina e o professor é incriminado, perfeito... Não! Ele foge, fica louco escreve um livro e um médico de um sanatório o publica com outro nome, livro que mais tarde, recuperado e esquecido do incidente, ele passa a ler e se ver na história.


Ocorre que depois de descobrir tudo, mesmo com o apoio de sua família, Jim Carrey (esse não é o nome do personagem no filme) se entrega à polícia e livra o professor da acusação (não me recordo agora se era prisão perpétua, pena de morte ou se estou delirando entre as duas penas mais difíceis de se lidar). O homem é preso, praticamente pela memória da vagabunda.


Agora vocês também têm o problema dos lados na mão. A traição da garota não é um caso para morte. Ofensas que se desfere contra alguém num momento de raiva também não, agora uma traição seguida de ofensa? Que senso de justiça é esse, por mim acho que nunca me entregaria para a polícia, apoio o assassinato da garota, sem nenhum remorso. Não prego que esta deveria ser a atitude do Estado, mas com certeza a de honra pessoal, se alguém está descontente, se ninguém o agrediu verbal ou fisicamente, não se tem o direito de trair e humilhar, e se faz, deve ter conseqüências graves.


O único problema na história é o tal do professor, se ele sabia que ela namorava, nao merecia morrer, mas ficar preso por um assassinato que não cometeu é justo pra mim. Assim como ficar com os sentimentos de uma pessoa que não lhe pertenciam, ficou também com uma culpa que não era dele. Se quisessem ficar juntos, deveria romper com o personagem de Jim e depois seguir a vida em frente, se ele fosse o fanático, a história seria outra.


Ela mereceu a morte, como um homem em seu lugar também mereceria, Jim merecia a liberdade. Agora se o professor não sabia, deveria haver uma maneira de livrá-lo da acusação sem se entregar ou dar indícios de que estava envolvido. mas o roteirista não quis assim. Acho que nosso senso de justiça está invertido, nossa obssessões erradas e nossos números escassos. E você, qual sua posição, o que sente como justiça pessoal? Lembre-se de seus princípios e pensamentos, o que faria?

Mas Jim Carey manda bem em qualquer papel...

6 comentários:

Anônimo disse...

Fala, meu amigo!!!
Olha... Eu não assisti ao filme 23, não posso comentar muito, mas o tema parece ser polêmico; não sei se o professor deveria ficar preso ou não.
Eu assisti 2 Filho de Francisco, serve? AHAHAHAHAH

ABRAÇO RENAN, BELO TEXTO, COMO SEMPRE

Erika Cerutti disse...

Nem assistí esse filme e, mesmo sabendo de toda a história agora que lí seu post, fiquei com vontade de assistir! Pelo que eu lí, ngm tava certo na história, ngm merecia morrer, mas os três mereciam uma lição por fazerem o mal aos outros! rsrsrsrs...me sentí com 5 anos escrevendo a última frase, maaaas justiça pra mim é isso: quem erra tem que ser punido, talvez não com a morte...nem com a prisão, mas com alguma coisa que o ensine a nunca mais fazer aquilo de novo...tá bom, vai, às vezes a punição tem que ser a morte, ou a prisão...rodei, rodei e não saí do lugar! rsrsrs

Beijooos! =***

Gisele Brito disse...

Nossa renan , que coisa, que vingativo que vc é. Bom, não acho que ninguém merecia morrer. nem que o tal do professor devia ter ficado preso e sim acho que o cara tinha que ser preso. Acho que cada um merecia a pena que lhe cabia conforme a ética da lesgislação vigente impunha. Ora bolas, que papo é esse de que a vagabunda tinha que morrer? Oxé.
Ps; MEu número da sorte é 23!

Silvia Song disse...

Não poderia deixar de ler esse post, já que você quis comentar e ngm tinha embasamento pra dar continuidade à discussão.
Pouco vingativo,hein? As pessoas não precisam morrer para entender que certas coisas são erradas ou certas. Se é que de fato, existe esses conceitos.
Existe?
Beijo,sr. eu mato todo mundo se a vanessa ficar com outro! =P

vanessa Oliveira disse...

uhn...
devo ter medo desse post????

Ai pessoal, se algo me acontecer, saibam que o renan foi impiedoso, todo mundo erra as vezes... rssss


brincadeirinha! =P
mas mesmo assim acho que a morte não é a solução, o desprezo as vezes dói bem mais que uma facada, um murro ou qualquer outro tipo de agressão!
beijinhus

Anônimo disse...

eu gostaria de fazer uma pergunta aos que viram o filme...
no final do filme, mostra uma frase retirada da biblia, cujo capitulo é o 32 e o versículo 23 (32:23)...
alguem saberia me dizer de qual parte da biblía foi retirada?
ou se souberem a frase me ajuda tb!

e a propósito, o filme é espetacular!

abraço