quinta-feira, 19 de abril de 2007

Antes que a música mude...

Na verdade ela já mudou. E agora José? Juro que tentei adiantar as coisas, mas a desculpa de todo jornalista mau organizado é a falta de tempo (percebam que, jamais o atraso se deve à má administração do mesmo), portanto, digo agora com a maior cara-virtual-de-pau que eu deveria ter postado esse texto infâme na quinta-feira(19), mas não rolou devido a uma séeeerie de probleminhas bobos, mas já resolvidos. Bom, Jorge Aragão que me perdoe e o post debaixo também, mas atrasada, vou ainda de Renato Russo.

"esse ar deixou minha vista cansada
nada demais"...

O ar, as casas, as relações, as pessoas, os carros, a fumaça, as nuvens, os seres, os cachorros da rua, as pessoas da rua, as próprias ruas, os olhares, o tato, o sabor das coisas das pessoas e da vida... tudo tem cansado a vista.

As lágrimas que demoram secar, os gritos que custam a sair, os olhares que de medo se abaixam para não se aproximarem.
A música consegue me dizer tudo e dizer nada ao mesmo tempo, é que hoje meu momento não é político, talvez nem crítico.
Pensei em falar algo sobre o ataque do sul-coreano (sem citação aos próximos) que matou trinta e duas pessoas na Universidade Virgínia Tech, nos Estados Unidos (espero que a nossa coreaninha linda nunca ande armada), pra questionar o lance das armas, da indústria bélica estadunidense e nossa relação com ela no referendo de 2006, mas como tudo nessa vida maluca, dependemos de momentos e momentos, tem dias que o cabelo acorda melhor do que em outros dias, tem dia que você está mais gorda(o) ou mais magra(o).

Hoje eu estou apática, e saibam que é horrível ter que confessar isso, além, claro, do fato de ter dias fixos para escrever... O que não fazemos em nome da organização? Abdicamos até da tão famosa e desejada inspiração.

Hoje então, não inspirada, venho escrever apenas sobre um trecho da música Fábrica, o finalzinho, na verdade. Única parte que consegui refletir sem raízes... os cansaços da vista, da alma, da seqüencia de momentos que chamamos existência.
Peço aos amigos de caneco que me perdoem pelo post pouco proveitoso, mas recomendo que não desistam dos demais colaboradores do blog.
Apenas um dia sem idéias brilhantes, além dessa vista tão cansada. Bom, nada demais!

3 comentários:

Silvia Song disse...

Prometo que nunca andarei armada. Mesmo pq, com a minha coordenação, atirava no meu pé! =P
Cansaço..cansaço. Acho que no final, poucos são aqueles que conseguem entender esse grau. As pessoas desistem, se afastam quando a coisa começa a ficar mais densa e mais trabalhosa. E quer a verdade? Fico feliz que vc não seja desse tipo.
Idéias confusas as minhas...
beijo
e foi mto proveitoso

RDS disse...

Quem disse que precisamos de muitas idéias para ter um bom texto?
Quem disse que lidar com pessoas é uma tarefa simples?
Quem disse que precisamos estar inspirados todos os dias?
Mas eu digo que tudo vale a pena, esse esforço, essa força e saber que temos a capacidade de manter integridade do grupo e individual (e do casal rsrs).
As coisas ficam difíceis, as difíceis são as que mais valem a pena... Pra mim, todas valeram pra chegar onde estou hj. Obrigado a vc

Bianca Hayashi disse...

Discordo de algumas coisas. Não acho que ter um dia fixo limite a sua criatividade ou inspiração. Não acredito que nós tenhamos um gênio criativo que aparece nas horas mais inoportunas (embora tenhamos ótimas idéias em horas inoportunas). Li em algum jornal que tomar um banho pode fazer com que tenhamos pensamentos mais claros, pois a água acalma. Não sei o quanto isso é verdade, mas funciona comigo.
Acredito que as coisas boas que fazemos são fruto de muito esforço, mesmo que estejamos cansados.

Uma coisa que já comentei com as meninas: não precisa escrever o texto no dia que irá postar. Se tem um tempo livre, faça, não importa o dia. Isso ajuda a evitar essas lacunas... ^^

Bem, só uma sugestão. ^^
Descanse, moça!