segunda-feira, 30 de abril de 2007

Ascensão

Dois filmes, que de início se encontram indiretamente, mas há muito mais além desse encontro.

Filmados com quase 40 anos de espaço, mas, retratando praticamente uma mesma época de quebras de paradigmas pelo mundo afora, em “Ao mestre com carinho” e “Meu nome é radio” é evidente a abordagem do tema pré-conceito para com as diferenças. De um lado, temos o preconceito racial perante um professor ginasial de um bairro operário, numa Europa da década de 1960, e de outro, o preconceito com um garoto norte americano, solitário e diferente nas suas capacidades intelectuais, vivendo na década de 1970. Mas que diferença é essa? Aonde aprendemos o que é igual, ou diferente, se isso é bom ou ruim, comum ou estranho?

Em cada um deles, a sua maneira, dá pra sentir e refletir sobre a questão da educação na ascensão do jovem “despreparado” à sua qualidade adulta e responsável de ser, do ser humano que prestes a sair daquela convivência comunitária e mundinho próprio passa a perceber uma sociedade com valores um tanto quanto novos.

(Em homenagem aos meus amigos educadores da “escola”): Piaget, já afirmara que construímos nossa história a partir daquela dada. Ou, seja educadores, amigos ou familiares, são os elevadores cheios de bagagens com histórias e conhecimentos que podem nos levar a uma transição, não menos dolorida, porém melhor compreendida. E, com eles, devemos aprender que diferente não é qualidade de valor e nem qualidade excludente. E que o que mais vale na construção de uma pessoa é sua dignidade e identidade. Respeite o próximo e serás respeitado!

Mil desculpas aos próximos postadores e leitores pelo atraso deste meu post. Até breve.

7 comentários:

Sabrina Machado disse...

Até eu hj eu me emociono com "Ao mestre com carinho"...

Mandou bem, Mi, temos alguns pilares de sustentação na vida, tanto nos nossos pensamentos, como também na nossa maneira de nos comportarmos...

E assim, que devemos plantar o respeito com o próximo em primeiro lugar, msm q o próximo esteja longe...rsrs

Cibele Lima disse...

E como é difícil implantar através da família valores fortes de respeito ao próximo.
Estamos sempre nos policiando, desde já, pra não passar pra Anita qualquer vestígio de preconceito e desrespeito, atitudes que muitas vezes cometemos sem perceber.

Ótimo texto,Mi!!!

bjokas da Cici

Rafael Zito disse...

O filme "Meu nome é Rádio" foi uma ótima lembrança sua e tem tudo haver com o tema.

Filme emocionante, com excelente interpretação do Cuba Gooding Jr, msm ator do filme Homens de Honra. O cara é bom e o filme é mto simbólico.

Parabéns pelo texto!

Estou ficando repetitivo, mas é preciso respeitar a todos para q queiramos ser respeitados.

bjosss

Clara Vanali disse...

Mi, fiquei com vontade de ver esses filmes viu!! Parabéns pela simplicidade e riqueza de detalhes ao escrever, gde bjo!!!!

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse...

Diferença
Um Jovem cego de nascença começou namorar.
Ele perguntava para sua namorada como era as coisas e a si próprio.
Esta sempre com um toque suave respondia, você e todas as coisas são lindas.
O namoro avançou e planos começaram surgir.
O rapaz tinha um grande desejo, de se casar, mas quando estivesse enxergando.
Queria ter o prazer de ver sua amada entrar na Igreja.
Fazia o acompanhamento da ciência. Por isso sabia que não era um desejo absurdo.
Logo surgiu o transplante de córneas.
Por ser uma ciência nova, ainda havia riscos, fazer vários exames, ser compatível sangüíneo e tinha também a tal lista de esperas, enfim uma infinidade de contratempos.
Mas o desejo era maior.
Foi então que surgiu uma doação específica.
Logo foi realizado o transplante, que teve um sucesso só.
O jovem então todo entusiasmado pediu para ver sua namorada.
Ao entrar acompanhada por uma enfermeira o rapaz disse.
Você é cega!
Nunca me viu, nem as coisas que dizia ser lindas.
Como casar comigo se nem ao menos pode me ver?
A jovem então pediu para a enfermeira tira-la dali, ao se virar apenas disse, cuide bem de meus olhos.
A diferença não está no ser físico.
Mas no limite que impomos para amar.

Comentário do SR. Henry Augusto, de São Carlos - bjo no coração!

RDS disse...

Sensacional o texto, Mi, a idéia é essa mesmo. Relaxe quanto ao fato de ter postado depois, isso acontece
Somos lutadores do dia-a-dia e temos que continuar, sejamos quem formos (ficou meio estranho rs)
Mas bem, é isso aí, adorei a foto clean e o texto, demais.
Beijos