sábado, 9 de junho de 2007

Os Libertadores da América

Aproveitando o ensejo imperial do som dessa semana, desloco as palavras do meu texto para um tempo remoto; época de tiranos e subalternos; metrópoles e colônias. Falo da América de meados do século XIX. É esse o ponto de partida de uma história sobre heróis, impérios e – claro – futebol. Nessa mesma época, nesse mesmo continente, 5 desbravadores fincaram seus nomes nos livros de história. Entretanto, seus feitos ecoaram melhor nas páginas esportivas.

Calma, já explico essa relação: mais do que meros ícones da história latina, esses personagens fazem, hoje, ainda que indiretamente, parte do torneio interclubes mais prestigiado da América, a Copa Libertadores. Devo, pois, encerras as delongas e apresentar, ao caro leitor, os cinco libertadores da América: Simón Bolívar (1795-1830), venezuelano; D. Pedro I (1798-1834), português; José de San Martín (1778-1850), argentino; Antonio José de Sucre (1795-1830), venezuelano; e Bernardo O´Higgins (1778-1842), chileno.

Todos são, de uma forma ou de outra, lembrados a cada edição da competição, seja no sorteio dos grupos ou dos mata-matas, seja nos gritos de guerra de cada torcida. Afinal, dão nome à disputa que, diga-se de passagem, acontece desde 1960 e leva o fortuito campeão ao Japão, terra do cobiçadíssimo campeonato mundial. Até hoje, a equipe que mais vezes atravessou o mundo representando a América foi o Independiente, da Argentina, heptacampeão da Libertadores. Entre os países, a Argentina também lidera (20 títulos).

Apesar da supremacia azul e branca, outros países têm atenção especial da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), a entidade que organiza o torneio. Exemplo disso é o México, que, mesmo pertencendo à América Central, teve alguns times incluídos no rol de participantes em 1998, a fim de que se acirrassem as rivalidades internacionais pelo troféu – o Brasil, inclusive, faturou as duas últimas edições e, nesse ano, chega à final com o Grêmio, bicampeão. O rival, no entanto, é temível, e vem da Argentina: Boca Juniors, pentacampeão. Este será, no mínimo, mais um capítulo épico da história latino-americana.

2 comentários:

Rafael Zito disse...

Além de mandar bem no texto, trouxe uma informação importante. Se fala tanto em libertadores e poucos sabem o pq do nome, a história que tem por tras dessa cobiçadissima competição.

Um dia meu Corinthians escreverá sua página nessa história, só espero estar vivo pra isso.

Confesso q nao sabia quais eram os 5 libertadores da américa.

E quanto a final dessa ano: Dalhe BOCA!!! Azul e ouro na cabeça!

Abraçooooo

Anônimo disse...

Libertadores é o torneio mais disputado do mundo. Liga dos Campeões e Copa do Mundo não têm a mesma pegada que o torneio a qual me refiro.

Parabéns a todos times que já o venceram. É dificílimo mesmo.
Queira Deus que eu possa rever a Sociedade Esportiva Palmeiras campeã novamente desta batalha sul-americana.