quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Herói


Sabemos que todo herói tem uma trajetória. O chamado, a negação, o conflito que o leva a ter dúvidas, o mentor, a aceitação do desafio, etc. Até chegar ao triunfo e transcendência, pelo menos é o que se espera de um bom herói.

As pessoas, hoje em dia, têm deixado de ser heróis em geral, mas não pararam de lutar, o que é meio contraditório. Ao que me parece, os heróis só são assim considerados por serem diferentes, tomarem atitudes que outros não tomariam e superá-las.

Heróis lutam durante um período de sobrevivência difícil e, pelo que se consta hoje em dia, poucos têm períodos fáceis. Traduzindo: para sobreviver, a maioria virou herói e, se todos elevaram sua categoria, para ser um herói neste meio, é necessário algo mais.

Antes um herói precisava ser forte, depois rápido, depois inteligente... mas e agora?

Ele tem de ser instantâneo (mais que miojo)

Tem de ser onipresente (mais que Deus, mesmo que só exista um querendo-o, é melhor que ele esteja lá, e nem sempre sabem seu nome)

Não deve ser inteligente, mas sim onisciente de outra forma (o que traz um problema de raciocínio – um herói é aquele que decora tudo e não o que pensa sobre qualquer coisa).

Visto dessa forma, é quase impossível termos um herói de verdade, sobra-nos o google e Deus talvez (hoje em dia, necessariamente, nessa ordem). Os dois maiores heróis são virtuais, um no sentido exato do termo e o outro em relação a etimologia da palavra a respeito da possibilidade de vir a ser...

Sinto falta da Kriptonita, das teias, dos bumerangues em forma de morcego... até da marreta biônica.

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