
segunda-feira, 30 de abril de 2007
Z de Amor

Ascensão
Filmados com quase 40 anos de espaço, mas, retratando praticamente uma mesma época de quebras de paradigmas pelo mundo afora, em “Ao mestre com carinho” e “Meu nome é radio” é evidente a abordagem do tema pré-conceito para com as diferenças. De um lado, temos o preconceito racial perante um professor ginasial de um bairro operário, numa Europa da década de 1960, e de outro, o preconceito com um garoto norte americano, solitário e diferente nas suas capacidades intelectuais, vivendo na década de 1970. Mas que diferença é essa? Aonde aprendemos o que é igual, ou diferente, se isso é bom ou ruim, comum ou estranho?
Em cada um deles, a sua maneira, dá pra sentir e refletir sobre a questão da educação na ascensão do jovem “despreparado” à sua qualidade adulta e responsável de ser, do ser humano que prestes a sair daquela convivência comunitária e mundinho próprio passa a perceber uma sociedade com valores um tanto quanto novos.
(Em homenagem aos meus amigos educadores da “escola”): Piaget, já afirmara que construímos nossa história a partir daquela dada. Ou, seja educadores, amigos ou familiares, são os elevadores cheios de bagagens com histórias e conhecimentos que podem nos levar a uma transição, não menos dolorida, porém melhor compreendida. E, com eles, devemos aprender que diferente não é qualidade de valor e nem qualidade excludente. E que o que mais vale na construção de uma pessoa é sua dignidade e identidade. Respeite o próximo e serás respeitado!
Mil desculpas aos próximos postadores e leitores pelo atraso deste meu post. Até breve.
domingo, 29 de abril de 2007
Na adversidade se aprende a crescer
Utilizando a mesma linha de raciocínio do texto que escrevi, venho novamente falar sobre preconceito, e para isso resolvi colocar um trecho de uma música que, ao meu ver, é significativa com relação a essa temática.
Olha e vê o fim do preconceito.
Pois liberdade é um direito.
Que não tem raça e não tem cor.
Glória aos negros que mudaram a história.
E estão vivos na memória.
Cessando toda uma era de dor.
O mundo não vai me calar.
Injustiças não vão me deter.
Da cinzas se renasce para a vitória.
Na adversidade se aprende a crescer.
São fatos que descrevem nossa história.
Mancha Verde 2006 - "Bem aventurados sejam Os Perseguidos, por causa da justiça dos homens... Pois é deles o reino dos céus".
sexta-feira, 27 de abril de 2007
A cor da vitória

É verdade que, quando João nasceu, Martin já tinha 25 anos e estava prestes a virar doutor em teologia. A origem deles, entrentanto, era simples. Porém, deram a volta por cima. King, num tempo em que os EUA que se preocupavam mais com a Guerra Fria do que com o próprio umbigo. Do Pulo, num Brasil contaminado pelos venenos da ditadura militar.
Isso, ainda na flor da idade. Martin Luther, aos 34, levou mais de 200 mil pessoas a uma marcha anti-racista (e pacífica) na capital Washington, enquanto João Carlos, aos 21, bateu o recorde mundial do salto triplo no Pan da Cidade do México. No discurso, o corajoso King pronunciou uma frase que ecoa até hoje: “Eu tenho um sonho.” Já João voltou ao Brasil como herói.
E não à toa, já que o feito dele só seria batido dez anos depois. Por outro lado, havia quem não gostasse da luta de Luther King – e, aqui, vale lembrar mais um fato comum dessa dupla -, tanto que acabou assassinado aos 39 anos, depois de ganhar o Nobel da Paz em 1964. O brasileiro faleceu aos 45, com uma das pernas amputada por causa de um acidente de carro em 1982.
quarta-feira, 25 de abril de 2007
Perseverança, perseveransia, perseverance, aushalten

Se tem algum verso que eu de fato gostei, foi "quem cede a vez não quer vitória". Coisa para se pensar. Para isso, puxo a história do filme "à procura da felicidade". Will Smith vive um personagem que é pai de família e como não poderia deixar de ser, enfrenta MUITOS problemas financeiros. Divorciado, sem emprego, despejado de sua casa, acaba conseguindo um importante estágio não remunerado, mas que poderia lhe dar uma carreira promissora. Junto com seu filho de apenas 5 anos de idade, começa a enfrentar os dias mais difíceis da sua vida. Dorme em abergues, vê a sua conta bancária ter apenas 20 dólares....e por mais incrível que pareça, dorme em um banheiro do metrô porque não conseguiu lugar no abrigo. Enquanto trabalhava, estudava e cuidava do seu filho, nunca perdeu a esperança e nunca perdeu a garra...
Passa isso pra vida real... passa isso para a sua vida. Quantas vezes você já não pensou em desistir de alguma coisa? Quantas vocês já não se pegou pensando "É difícil demais"?! Eu já e muitas vezes. A questão é que não é uma história que só acontece em filmes...Vida difícil é a de todo mundo....e por incrível que pareça, quanto mais difícil, mais as pessoas percebem a força que têm.
Talvez o importante seja preservar esse lado que tanto ampara, que nós olhamos e pensamos que tudo vale a pena e que todo esforço vai se recompensado. Será?
terça-feira, 24 de abril de 2007
A Luta contra o Preconceito Racial
A história se passa durante a década de 40, período no qual os negros eram limitados em suas funções, e no que se refere à marinha uma das únicas tarefas que poderiam realizar era a de cozinheiro, e foi assim que Brashear adentrou.
Os negros só tinham permissão para mergulhar de terça-feira, mas Brashear quebrou essa regra e foi nadar no mar em uma sexta-feira, devido a isso foi preso, porém sua rapidez despertou a atenção e foi alçado ao cargo de “mergulhador de resgate”. Depois desse fato solicita sua integração a escola de mergulhadores, e é a partir desse instante que constata um grande obstáculo a ser vencido, e esse obstáculo não era apenas um adversário físico, pior ainda, era um obstáculo social, uma barreira chamada Racismo.
Logo que se insere no quadro de mergulhadores sofre o primeiro gesto desse racismo quando seus companheiros não aceitam dividir o mesmo quarto com ele, exceto um deles, que justamente por esse gesto também passou a ser perseguido pelo comandante Billy Sunday (Robert de Niro).
Billy Sunday é um comandante implacável e rigoroso e, assim como seus comandados, descrimina Brashear aplicando a ele testes de um grau de dificuldade acima da média com o objetivo de fazer com que desista de seu ideal, mas acontece o contrário, com persistência e aplicação consegue realizar todos os testes ficando entre os melhores da turma. Sua coragem e determinação fizeram com que Sunday parasse de persegui-lo e até se tornaram amigos.
Quando parecia ter superado tudo, mais um entrave aparece em sua vida. Em serviço, o mergulhador junto com um companheiro, mergulha para realizar um salvamento. Durante a realização de sua função seu companheiro fica em apuros e quando resolve salva-lo, perde uma das pernas. Mas não era isso que faria Brashear de continuar sua carreira na marinha. Depois de um tempo de recuperação, coloca uma perna mecânica e auxiliado por Sunday luta contra o preconceito e a burocracia militar, que visa acabar com seus sonhos de ser tornar um comandante querendo reformá-lo.
A música Identidade do Jorge Aragão tem como temática o preconceito racial, que pode ser notado no seguinte trecho: “Se o preto de alma branca pra você/// É o exemplo da dignidade/// Não nos ajuda só nos faz sofrer/// Nem resgata nossa identidade”. Tanto a música como o filme mostram como esse preconceito está inserido na sociedade. E esse filme é um exemplo pelo fato do personagem ter superado todos os obstáculos que lhe impunham para alcançar seu sonho. Na verdade o ideal seria que todos nós seres humanos aprendessemos a conviver juntos em sociedade respeitando todas as diferenças e que todos tenham direitos e deveres iguais no mundo em que vivemos.
segunda-feira, 23 de abril de 2007
Crer

Música
sábado, 21 de abril de 2007
O inconfidente e o fogo
Feriado! Oba! Descanso para minhas pernas e mente cansadas. Dias difíceis! Muito trabalho para pouco tempo e ... Mas feriado do que mesmo?!
Tiradentes. E quem foi ele? Ah! o mártir da inconfidência mineira, símbolo da luta contra o domínio português na colônia e que até hoje, é aclamado por ter se portado como Jesus (aliás, suas imagens divulgadas são semelhantes). Tiradentes lutou contra a escravidão e pela liberdade da nação. Pagou em troca da vida de outros, demonstrando sentimentos de humildade, arrependimento e esperança de vida eterna, assim como o ideal cristão preconizava. Interesses políticos e ideológicos perpetuam a imagem e história de um mártir virtuoso.
Tiradentes foi Joaquim José da Silva Xavier, dentista conhecido na região de Vila Rica,
Nessa época também, Portugal cobrava altos impostos, estava preste a praticar a derrama e instalar uma “CPI” na colônia.
Foi quando intelectuais e membros das elites começaram a se juntar. Repetindo, intelectuais e elite, militares e clero, também. O dentista não participava nem de um grupo, nem de outro.
No livro, História da Conjuração Mineira, de Joaquim Norberto de Souza e Silva, de 1873, o autor, delata: “Morrera o Tiradentes, não como um grande patriota, com seus olhos cravados no povo, tendo nos lábios os sagrados nomes da pátria e da liberdade (...) mas como cristão preparado há muito tempo pelos sacerdotes" [v.2, p.221].
O bode expiratório do movimento, que segundo a “sub-história” não tinha o caráter todo que a história retrata, caiu no gosto popular. Queria Justiça, trabalhar em paz, honestamente e libertar a escravidão.
E em 21 de abril de 1792 era enforcado e esquartejado, na cidade do Rio de Janeiro, o alferes Joaquim Xavier. O herói polêmico, porém, popular da luta pela liberdade e independência.
Esse ar deixou minha vista cansada
Nada demais" ... eu apenas, morri
sexta-feira, 20 de abril de 2007
Nosso dia vai chegar

Que torcedor nunca sonhou em ver um grande craque europeu dizer assim, de repente, cheio de sinceridade: “Um dia, antes de me aposentar, queria jogar no Brasil”? Ou, talvez, ouvir daquele ídolo da torcida que, apesar das várias e tentadoras propostas de fora, vai continuar honrando as cores do clube? Aonde foi parar o nosso orgulho? Cadê a nossa identidade?
Deveria ser inadmissível, para um jogador brasileiro, abandonar a pátria à própria sorte. Aqui, a chance de que nasçam novos Diamantes, Divinos, Garrinchas e Pelés é muito maior do que lá. Mas, não. Eles ainda pensam mais no “conforto da família” - e sonham, sim, só que com a Europa. Enquanto isso, os nossos futuros craques vêem, na TV, lances esporadicamente belos de Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo, o Fenômeno. Daí, dizem para os pais: "Quando eu crescer, quero ser que nem eles!"
E só de imaginar, também, que nós somos candidatos – únicos, e respaldados por toda a América do Sul – ao Mundial de 2014... O problema maior, caro(a) leitor(a), é que esse não é só o cenário do futebol, não. Em vez de cavarmos a nossa verdadeira independência social, política e econômica, acabamos absorvendo, covardemente, costumes dos "outros".
Contudo, como algumas perguntas exigem uma busca severa por respostas, nós temos procurado, de alguma forma, as nossas. É provável que, até lá, muitos atletas profissionais tenham saído do país e outros tantos jovens boleiros, realizado os seus sonhos. Mesmo assim, acredito que, como diz a música da semana, “nosso dia (ainda) vai chegar...”
quinta-feira, 19 de abril de 2007
Antes que a música mude...
nada demais"...
O ar, as casas, as relações, as pessoas, os carros, a fumaça, as nuvens, os seres, os cachorros da rua, as pessoas da rua, as próprias ruas, os olhares, o tato, o sabor das coisas das pessoas e da vida... tudo tem cansado a vista.
As lágrimas que demoram secar, os gritos que custam a sair, os olhares que de medo se abaixam para não se aproximarem.
A música consegue me dizer tudo e dizer nada ao mesmo tempo, é que hoje meu momento não é político, talvez nem crítico.
Pensei em falar algo sobre o ataque do sul-coreano (sem citação aos próximos) que matou trinta e duas pessoas na Universidade Virgínia Tech, nos Estados Unidos (espero que a nossa coreaninha linda nunca ande armada), pra questionar o lance das armas, da indústria bélica estadunidense e nossa relação com ela no referendo de 2006, mas como tudo nessa vida maluca, dependemos de momentos e momentos, tem dias que o cabelo acorda melhor do que em outros dias, tem dia que você está mais gorda(o) ou mais magra(o).
Hoje eu estou apática, e saibam que é horrível ter que confessar isso, além, claro, do fato de ter dias fixos para escrever... O que não fazemos em nome da organização? Abdicamos até da tão famosa e desejada inspiração.
Hoje então, não inspirada, venho escrever apenas sobre um trecho da música Fábrica, o finalzinho, na verdade. Única parte que consegui refletir sem raízes... os cansaços da vista, da alma, da seqüencia de momentos que chamamos existência.
Peço aos amigos de caneco que me perdoem pelo post pouco proveitoso, mas recomendo que não desistam dos demais colaboradores do blog.
quarta-feira, 18 de abril de 2007
Humildade não humilhação

Pobre? Não, miserável. Corajosa? Não, batalhadora. O documentário retrata o cotidiano de muitos brasileiros que têm de trabalhar diretamente com o lixo, inalando gás metano, que impossibilita até mesmo de ter vida rastejante por ali.
Ela trabalha num lixão e, com muito esforço consegue dinheiro para sobreviver. Aliás, podemos mesmo nomear isso de “sobrevivência”? Podemos fechar os olhos diante dessa realidade, que muitos insistem em não olhar, em não prestar atenção que do seu lado, tem alguém que pode morrer por não ter o que comer? Ou então, por morrer de infecção alimentar porque pegou algum alimento da sua única fonte, o lixo? Segundo Estamira, lixo é o resto e o descuido de toda a população. Então, porque algumas pessoas precisam pegar o resto dos outros?
A pobre mulher apresenta sim, problemas psiquiátricos. E tem como não apresentar? Existe uma saída para lidar com tudo isso sem enlouquecer totalmente? Ela acredita que falam com ela, que tem forças ocultas que coordenam e comandam tudo e, que Deus não existe. Para ela, está claro que não existe algo que a protege. Sua vida nunca foi fácil, sempre foi marcada por acontecimentos dolorosos e, que ela nunca conseguiu lidar.
Mesmo sem ter estudado, mesmo tendo um grande déficit intelectual, Estamira conseguia analisar cada questão de interesse global. Claro que de seu ponto de vista, que aqui, ninguém está para julgar se é certo ou errado. Mas o fato dela possuir uma ideologia, de lutar por ela dentro de suas condições...mostra que ela está a anos luz daqui. O ponto alto? Ela que afirma não admitir erros, judiação, perversidade e humilhação, não consegue imaginar uma vida fora dali. Sua vida começou ali e aparentemente, ali vai terminar.
Uma frase da célebre: “na escola não se aprende, e sim, se copia”. Tem como negar?
Fim da escravidão lícita no futebol

A partir do momento em que a Lei entrou em vigência, a escravidão de forma lícita deixou de existir. Para filtrar um pouco essa discussão, pegarei o exemplo do futebol, já que é o esporte mais popular no país. Até 1998, os atletas firmavam acordo com os clubes e eram submetidos a todos os tipos de desmandos sem terem o direito de reclamar do que sofriam. Os clubes impunham situações aos jogadores que ficavam de mãos atadas, sem ter como reagir as situações absurdas que lhes colocavam.
Para exemplificar melhor essa situação, abordarei a questão dos salários, fator de direito de qualquer trabalhador que exerce sua função, que cumpre seu contrato, por isso, nada mais normal do que receberem os pagamentos no final do mês ou de reivindicarem caso os mesmos não tenham sido efetuados.
Até o surgimento dessa lei, os atletas firmavam contrato de trabalho com a instituição, passando a ser propriedade dos clubes. Caso firmassem um acordo de 5 anos, nesse período eram obrigados a aceitar calados toda a humilhação pelo qual passavam sem ter a quem recorrer. Se estivessem com os salários atrasados, azar dos atletas que no máximo poderiam acreditar na honestidade de seus patrões e nas promessas que lhes eram feitas sobre a devida quitação dessas dívidas.
segunda-feira, 16 de abril de 2007
Explicações Sonoras

sábado, 14 de abril de 2007
Lenin, Trotski e Stalin. Senna, Mansell e Prost

Na Rússia czarista, os ideais revolucionários de Marx uniram Vladimir Lenin (1870-1924), Leon Trotski (1879-1940) e Josef Stalin (1879-1953). Juntos, ergueram ali o comunismo. Entretanto, o mesmo ideal pelo qual, um dia, eles tinham lutado, os destruiria. Pouco antes de morrer, Lenin, o primeiro líder soviético, disse preferir Trotski como sucessor.
Na verdade, ele suspeitava do comportamento de Stalin, então secretário-geral do partido. Não deu outra. Além de perder a disputa, Trotski foi demitido do comissariado de guerra pelo próprio Stalin. Depois, começou a ser caçado por ele dia e noite até ser assassinado. Resultado: Stalin virou ditador e reinou absoluto por quase três décadas. E daí, né?
Bom, um trio parecido agitou bastante as pistas de F-1 algum tempo depois: Ayrton Senna (1960-1994), Nigel Mansell (1953-) e Alain Prost (1955-). Juntos, ganharam oito Mundiais. Porém, as semelhanças acabam aí. Porque o resto, é só rivalidade. Em 1986, por exemplo, Prost levou a taça com Mansell logo atrás; em 1991, deu Senna – e o Leão, de novo, o vice.
Contudo, Senna e Prost desenharam, juntos, uma das páginas mais emocionantes da história do automobilismo. Correndo pela mesma equipe, a McLaren, disputaram, volta a volta, os títulos de 1988 e 1989. Em 1989, aliás, Prost venceu jogando o carro de Senna para fora da pista. Em 1990, o brasileiro deu o troco. Na mesma moeda. “Deixei bater...”, diria depois.
Eis os dois trios. Tudo bem, é verdade que muita coisa aconteceu depois que eles sumiram. A União Soviética voltou a ser Rússia, e não mais socialista; a Fórmula 1 veria os incríveis sete títulos de Michael Schumacher... Mas a História nunca mais foi a mesma. Sem Lenin, Trotski e Stalin, sem Senna, Mansell e Prost, parece que, ainda hoje, alguma coisa está faltando.
terça-feira, 10 de abril de 2007
Respire e aproveite

"O tempo que resta",2005. Não só vale a pena...é essencial.
O que você faria se descobrisse que a sua vida vai acabar em pouco tempo? Se entregaria aos médicos, dispondo o pouco que te sobra em hospitais e remédios ou viveria? Iria em busca de seus sonhos?
Aliás....quais são seus sonhos? Eles valem a pena? Eles somariam algo para a humanidade? Se você morresse agora, qual seria a sua marca? Qual seria o seu legado?
domingo, 8 de abril de 2007
11+12

O que acontece quando a gente sente que tem de escolher um lado, nem que seja na nossa mente? Como fazer a coisa certa, como não ser arbitrário? Foi isso que sai pensando do filme 23. Um homem com uma vida aparentemente normal, mulher, filho, de repente recebe um livro que muda completamente sua rotina e passa a atormentá-lo assim como faz ao autor/narrador do livro, a obssessão é pelo número 23, que rege a vida do autor e do personagem principal. Passa a história, descobre-se que o autor e o cara que lê é a mesma pessoa, mas em épocas e com personalidades diferentes.
sábado, 7 de abril de 2007
Um Pan para (des)integrar as Américas

Para se ter uma idéia, só em março eclodiram três greves: uma no estádio olímpico João Havelange, uma no Parque Aquático Maria Lenk e outra no Velódromo. Em todas elas, os empregados pediam a mesma coisa: condições melhores de trabalho e salários mais justos. Enquanto isso, o governo federal investe, em vez dos R$ 520 milhões, quase R$ 3 bilhões nas 16 sedes da competição, sendo que sete estão atrasadas e três podem nem ficar prontas.
Para os atletas brasileiros, a empolgação vai além. É óbvio. Afinal, é a segunda vez na história que o evento esportivo mais importante das Américas acontece no Brasil. E é claro, também, que haveria uma festa sem limites carimbada pela imprensa. Tudo bem, isso até vale para nós. Mas, quanto aos outros países, os verdadeiros “papa-medalhas”, o que acham desse Pan? A Federação de Basquete de Porto Rico, por exemplo, estuda mandar amadores para o Rio. Já a seleção de tênis do Canadá não virá. E o futebol terá um torneio só sub-20.
Na melhor das hipóteses, as outras nações americanas pensam em proteger seus atletas para as Olimpíadas de Pequim, na China, em 2008. Vá lá. Na pior, não estão nem aí e, aconteça o que acontecer no Rio, nada mudarão seus pontos-de-vista. Talvez seja hora de se rever o conceito de “Pan”. Talvez o Pan não seja mais necessário. Talvez a América – e, quiçá, o mundo -, prefira mesmo se desintegrar.
sexta-feira, 6 de abril de 2007
Uma vida sem liberdade

Essa situação ocorre porque durante seu vôo, o governo do seu país sofre um golpe de Estado o que inválida seu passaporte, fator que se torna um empecilho para seu ingresso nos Estados Unidos da América. Outro fator complicador, é que além de proíbido de adentrar no país do Tio Sam, está impedido de voltar para a sua terra natal já que as fronteiras de seu país foram fechadas.
Impedido de sair do Terminal, Viktor passa a viver sua vida naquele mundinho, começa a observar a rotina de trabalho dos funcionários, encontra uma forma de ganhar dinheiro para poder sobreviver nessa situação em que lhe foi imposta. Privado de sair para mundo, Viktor é obrigado a arranjar uma maneira de levar seus dias e noites na condição em que se encontra.
Viktor instala-se no salão de trânsito Internacional do Aeroporto e lá fica durante 16 anos. Todos esses anos, observa as aberrações que ocorrem no local, ainda mais por ser um ambiente onde diariamente há um extremo encontro de gente, uma convivência forçada, onde as pessoas não tem identidade, estão sempre na correria o que faz com que esse contato com esse tanto de gente, se torne superficial, um ambiente que impossibilita o relacionamento entre os seres humanos.
Vivenciando um mundo de incoerências, generosidade, cobiça e diversão, o personagem passa por um drama pessoal, isso tudo porque sua liberdade foi cerceada, tirando de si o direito de ir e vir. Uma situação extremamente absurda, que mexe com a emoção das pessoas, que se envolvem com a situação difícil vivida por Viktor, que tem de encontrar alguma forma de sobrevivência nesse restrito mundo foi forçado a habitar.
terça-feira, 3 de abril de 2007
Deus...

Perguntei muitas coisas a todas e, é claro, tivemos muitas divergências quanto ao que se podia ou não fazer em determinados locais, como deveriam ser punidos os injustos, quem eram esses desgraçados dos injustos, como Dan Brown deveria morrer, segurei braços empunhando facas sagradas pra acabar com minha raça impura e coisas do tipo.
Fé e Acaso (Filhos da Esperança)
Filhos da Esperança (Children of Men) ambienta-se em um mundo perdido de 2027, onde paira uma esperança legitimamente humana porém, aparentemente clandestina, em tempos de guerra e degradação social.
As tecnologias não são mais "high" o suficiente. A poeira do deserto, por fim, inavdiu a cidade. O caos evoluiu em detrimento da humanidade. Militarização unilateral, terrorismo, ativismo exarcebado, racionamento d' água, migração ilegal, violência gratuita, fome, frio, poluição, "bombas explodem toda vez que o governo acha ser necessário". Nós, que já fomos uma Pangéia, somos, em 2007, ops!, 2027, desolação, isolamento, distanciamento. Letargia aos pais da esperança. Refúgio aos nostálgicos.
O acaso vence a fé: não há mais crianças em casa ou nas ruas. A população mundial tornou-se infértil. Ou seja, não há prole, nem hereditariedade. Não há mais, a quem passar sabedoria e por que ou por quem zelar. A maior emoção da população reflete-se na comoção midiática sobre o último ser humano nascido do Planeta, em 18 anos. O showman morre. Atacado por um Fã. Que ironia condizente.
A fé move o acaso: Mas, o acaso retrocede e uma nova vida milagrosamente é gerada. Daí, resurge a fé no papel do herói e na pele da heroína da saga. Eles escrevem a trajetória e atravessam qualquer caminho necessário para alcançar o que conhecem apenas como Projeto Humano.
Coooooorta!
Assim, como em outras ficções - tão atuais - "Filhos da Esperança", retrata algumas conseqüências das quais estamos suscetíveis a enfrentar em um futuro que cada vez mais o passado tende a tornar presente. Causadas pelas inquietantes formas de manipulação que praticamos hoje, sem pensar no que se pode determinar para o acaso do amanhã.
O caos da infertilidade humana vai além da não-geração pelo seu próprio umbigo. Ela reflete o descaso com o respeito as leis da natureza, as fronteiras culturais e raciais, a liberdade de pensamento, ao livre-arbítrio da vida, de ser parte e ser feliz.
Quem ver o filme, me entenderá e viverá!
As águas iluminadas pela chama da pequena vela ainda irrigarão nossa plantação. E o futuro semeará ao acaso o que colheremos por meio da fé .
*fé: compromisso de fidelidade à palavra dada; lealdade; confiança absoluta em algo ou em alguém. ato de fé: gesto ou atitude que exprime a profunda convicção de uma pessoa em relação a uma causa ou a uma ideia.
*acaso: conjunto de fatos sem causa aparente que determinam um acontecimento; acontecimento cujas causas se ignoram; casualidade; ocasião imprevista; sorte; azar;destino.